sábado, 6 de fevereiro de 2010

Reflexo

Os dias são sempre frios e parecem tão escuros. Há outro lado do espelho, e esse lado assusta. A menina que vejo no reflexo, ela chora, tem um olhar tão vazio e já não sorri mais. Tantos sonhos e planos são deixados para trás, são adiados, talvez quando quiser cumpri-los já não haja tempo. Enquanto a menina chora do outro lado do espelho, eu contenho as lagrimas do lado de cá. Faço parecer que esta tudo bem. É tão confuso que ao escrever já não se sabe em que pessoa se escreve. Ela somente escreve. Ela, eu, nós, vós. Somos todas nós. Com esse medo doentio, com essa visão patetica sobre nós mesmas, com essas maneiras insanas de seguir a vida. É. As vezes penso que não há mais volta, as vezes penso que sempre é tempo. A verdade subjetiva que criei para mim, é que sempre será assim, talvez como menos dor e menos medo. Mas sempre essa estranha sensação de estar em perigo ao sentar-se diante do inimigo imaginario. Por isso aprendi a dar valor a cada suspiro, faça isso também, de valor a quem respira.

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